Psicologia Positiva e a busca da felicidade

 

Mais conhecida como um movimento de mudanças de paradigmas, a Psicologia Positiva tem chamado atenção não só de psicólogos, mas de uma gama de profissionais oriundos de diversas áreas. E é perfeitamente normal que tantas pessoas se interessem pelo tema, afinal, quem não quer saber como podemos ser felizes diante de um universo em que milhares de pessoas sofrem com ansiedade, depressão e outros males? 

Durante muito tempo acreditou-se que ser feliz era questão de sorte, de saúde, de genética. As pessoas carregam, até hoje, modelos ideais de felicidade, protagonizados em imagens mentais sobre o que é ser feliz. Descobrir que a felicidade pode ser construída, fortalecida, cultivada é um alento para quem achava que estava enfadado à depressão, à melancolia, à distimia, o resto de suas vidas.

 

Para você, o que é ser feliz? Que tipos de imagens mentais vêm à sua cabeça quando escuta a palavra felicidade? Você apostaria em algo que poderia te fazer mais feliz? Talvez você não tenha consciência, mas estamos buscando, o tempo todo, experiências de prazer e felicidade. É bem  provável que, em seu sistemas de crenças haja uma “receita da felicidade”, incluindo muitos dos seus desejos que seriam necessários para a sua felicidade. Mas saiba que a coisa não funciona bem assim…

 

Em meados dos anos 90 surge um movimento dentro da psicologia, totalmente pautado na ciência da felicidade. E se você acha que “Ciência da Felicidade” e “Psicologia Positiva” parecem mais termos oriundos dos livros de auto-ajuda, não se deixe enganar! A psicologia positiva nasceu oficialmente pelas mãos de Martin Seligman, então presidente da APA (American Psychology Association), uma das mais importantes associações de psicologia do mundo; e veio respaldada pela ciência, o que significa dizer que os aspectos que contribuem para a felicidade foram estudados ao ponto de se tornarem mensuráveis pelos rigorosos métodos científicos.

 

É interessante esbarrarmos na possibilidade de uma psicologia voltada para o desenvolvimento de aspectos positivos do ser humano, posto que a psicologia, até então, estava focada no tratamento e cura das doenças mentais, o que gerou inúmeras crenças pelo senso comum – talvez a frase mais conhecida seja: “não vou ao psicólogo porque não sou louco”.

 

Depois de ter seu desenvolvimento pautado em técnicas para redução de danos e/ou tratamento de doenças, enfim a psicologia se volta para o desenvolvimento de suas outras missões: a de tornar a vida das pessoas mais produtivas e cheia de satisfação!  Além de reparar danos e tratar doenças, a psicologia se volta para a construção das qualidades positivas, favorecendo a felicidade e prevenindo os transtornos mentais.

 

Das teorias nasceram práticas e exercícios que contribuem para o cultivo da felicidade em cada um de nós, em diversos segmentos. A partir do conhecimento profundo da psicologia positiva, é possível desenvolvermos projetos que irão gerar grande impacto positivo em seus participantes. 

Como ser mais feliz? O que a PP nos diz?

A Psicologia Positiva se fundamenta em 4  pilares, através dos quais podemos ter uma dimensão sobre a ciência da felicidade, sendo que cada um desses pilares representam uma área de pesquisa científica.

  1.  Emoções Positivas; 
  2. Traços Positivos; 
  3. Instituições Positivas; 
  4. Relacionamentos Positivos;

Vamos hoje falar apenas sobre as emoções positivas, para que este artigo não fique demasiadamente grande – e que possa continuar útil para você.

 

O SEU CÉREBRO TEM UMA PROGRAMAÇÃO ACIRRADA PARA APRENDER COM OS ERROS, POR ISSO, É COMUM QUE VOCÊ DETENHA MAIS EMOÇÕES NEGATIVAS DO QUE POSITIVAS.

 

O nosso cérebro desenvolveu-se para que pudéssemos aprender mais com os erros. Por isso, ele passa cerca de 4 segundos retendo uma emoção positiva, enquanto que uma emoção negativa pode demorar dias para ser processada. Isso faz parte do nosso sistema de sobrevivência. Pense no homem das cavernas… aquele homem evoluiu graças à capacidade de aprendizagem do cérebro e quem sobreviveu à toda evolução, o fez à duras custas… por isso, o cérebro é afiado para aprender a partir das experiências negativas. A maioria das pessoas ficam aliviadas de saberem essa informação, pois isso tira delas uma série de julgamentos sobre seu comportamento. O mais importante é que é possível, pois, mudar essa forma de ação do nosso cérebro e existem diversos exercícios para isto.

 

→ Um deles é expandir de forma consciente uma emoção positiva. Muitas vezes passamos batidos pelos pequenos momentos de felicidade, mas é possível fazer com que os bons sentimentos fiquem mais tempo conosco. Faça este exercício por alguns dias: perceba os momentos de felicidade, podem ser pequenos momentos, como vestir um moletom de malha gostosa, ou uma camiseta que tem um significado emocional para você. Perceba este momento com atenção, tome consciência de cada sensação boa e expanda esta sensação de forma consciente. Com a prática, seu cérebro vai aumentando o tempo de retenção das emoções positivas.

 

→ Uma outra forma de aumentar a capacidade do cérebro de aprender a reter melhor as emoções positivas é através de exercícios de Mindfulness. Como você vai expandir as emoções positivas, como sugeri acima, se vive no automático, com a cabeça sempre planejando coisas ou sempre presa nas lembranças do passado? Mindfulness ensina a ter atenção plena na vida, para que possamos perceber quando a felicidade bate na nossa porta.

 

Sempre que falo sobre como mindfulness nos ajuda a ser mais felizes, lembro de uma cena de um filme que eu adoro: Comer, rezar e amar. Quando o personagem principal chega até o seu mestre tibetano, ele ensina a meditação: “Sente em silêncio e sorria, sorria com o rosto, sorria com a mente e sorria com o fígado”.

 

Eu sou apaixonada por este filme e, desde a primeira vez que o vi, passei a praticar este tipo de meditação. Tempos depois, me deparei com um artigo na revista Época, baseado numa entrevista na Revista Forbes, em que o pós-doutor em neurociência Alex Korb explica que uma das formas de sermos mais felizes é sorrir! O cérebro traduz este comportamento como se estivesse acontecendo algo bom e acaba produzindo substâncias relacionadas ao bem estar. Então, fica aqui mais uma sugestão de prática que vai te ajudar a ser mais feliz: sente-se em silêncio e sorria!

 

O propósito do blog é tornar a Psicologia Positiva, com todos seus ensinamentos e práticas, acessíveis para toda e qualquer pessoa que queria, verdadeiramente, ter uma vida mais significativa! Para mais dicas como estas, para mais conteúdo positivo, cadastre-se para receber nossa news – elas chegam para você uma única vez por mês, com dicas de artigos, vídeos e novidades aqui do CPPMP.

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Te encontro no próximo post.

Sheila Drumond

 

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